O cruzar de uma
infância clandestina
De afeto entardecido
e resvalado
Convexo na inocência
serpentina
Oculto por um rosto
abandonado
Pelas ruelas em que
desatina
O sonho de uma
infância decorado
O olhar nulo que
nunca desafina
Um grito num olhar
tão resguardado
O coração nas mãos de
uma criança
Ou na ponta dos pés
em que saltitam
Amor e atenção não
nos facilitam
A aliança de umbigo
só vos lança
O instinto de mãe e
já nada mais
Os pais ausentes bons
serão jamais
Poema de António Botelho: http://poesiasdeantoniobotelho.blogspot.pt/
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