segunda-feira, 12 de outubro de 2015

INFÂNCIA CLANDESTINA

O cruzar de uma infância clandestina
De afeto entardecido e resvalado
Convexo na inocência serpentina
Oculto por um rosto abandonado

Pelas ruelas em que desatina
O sonho de uma infância decorado
O olhar nulo que nunca desafina
Um grito num olhar tão resguardado

O coração nas mãos de uma criança
Ou na ponta dos pés em que saltitam
Amor e atenção não nos facilitam

A aliança de umbigo só vos lança
O instinto de mãe e já nada mais
Os pais ausentes bons serão jamais

Poema de António Botelho: http://poesiasdeantoniobotelho.blogspot.pt/

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