quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Hospital de Marinha, do passado presente ao passado memória

Um dos mais antigos hospitais de Portugal, o Hospital da Marinha foi criado como Hospital Real da Marinha, pelo Alvará do Príncipe Regente D. João, de 27 de setembro de 1797, sendo secretário de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar D. Rodrigo de Sousa Coutinho.
Aproveitando o antigo Colégio de S. Francisco Xavier e os terrenos adjacentes, o hospital foi construído na Rua do Paraíso/Campo de Santa Clara. O seu edifício, já na altura considerado bastante moderno, foi projetado pelo arquiteto Francisco Xavier Fabri (um dos arquitetos do Palácio da Ajuda). O hospital foi inaugurado em 1 de novembro de 1806.
Na sequência da criação do Hospital das Forças Armadas, em 2009, o Hospital da Marinha acabou por fechar em 2013, sendo absorvido por aquele.

Os corredores outrora movimentados e as enfermarias outrora cheias são agora espaços escuros embalados pelo barulho ensurdecedor do silêncio. Fantasmas deambulam na penumbra e ondas de poeira brilham aos raios de luz que entram pelas frinchas.
Ainda tive o privilégio de exercer funções neste Hospital, mesmo que só por um ano, antes do seu fecho. Percorrer agora os corredores e espaços vazios não deixa de criar uma sensação difícil de descrever. Ouvir apenas os meus passos num edifício imenso só me traz uma palavra à cabeça: fim.

A seguinte reportagem fotográfica não retrata o Hospital de Marinha no seu esplendor, mas sim o Hospital de Marinha já encerrado, despojado do seu espólio patrimonial. Aliás, estas fotografias já não retratam o Hospital de Marinha, mas o edifício do mesmo, ainda com muita arte patente. O edifício que ainda é, mas que memória será.


Farmácia

Farmácia

Farmácia

Teto da Farmácia

Vista do ponto mais alto do Hospital para o Rio Tejo/Cristo Rei


Átrio da Entrada

Átrio da Entrada

Átrio da Entrada

Átrio da Entrada






Capela

Capela

Capela

Capela


Vista do ponto mais alto do Hospital para o Cristo Rei/Panteão Nacional


Biblioteca





Vista sobre o Rio Tejo/Estação de Santa Apolónia




1 comentário:

  1. Boa tarde
    Doi-me o coração so de pensar que nunca mais será hospital. Sempre tive e terei uma paixão por esse hospital onde tantas vezes tive de ir em criança... e que me inspirou para me tornar enfermeira. Não consigo compreender como venderam este hospital para se tornar num edifício com mais de 100 apartamentos, segundo se diz.
    Obrigada pelas fotos maravilhosas que trazem óptimas recordações.

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